Senado Argentino aprova lei que permite casamento entre homossexuais.
A Argentina é o décimo país do mundo a autorizar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. A aprovação da lei aconteceu ha pouco mais de um mês, e contou com o apoio da presidente Cristina Kirchner. A legislação transforma o país no primeiro da América Latina a autorizar a união civil entre casais homossexuais.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo já foi tema de votação em vários países por diversas vezes, em muitos deles a proposta foi rejeitada. A união estável entre gays é um dos motivos que também leva o tema a ser discutido.
A aprovação da lei levanta polêmica. Para a maioria dos entrevistados em uma enquete feita na Cidade Universitária da Uniso, a liberação do casamento gay representa um avanço contra o preconceito aos homossexuais, que podem agora assumir uma união perante a lei e a sociedade.O fato que é contraditório aos padrões considerados “normais” pela sociedade gera opiniões diversas entre alunos e professores da instituição.
O estudante de jornalismo Gabriel Cardoso diz que é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele acredita que o ato vai contra a natureza da vida, a essência da figura feminina e masculina. “É legal para os homossexuais a liberação do casamento, mas eu não acho saudável uma união assim, a discriminação aumenta e a naturalidade já foi perdida”, enfatiza Gabriel.
Já para Jadson Fernandez, estudante de Música, o que deve ter mais importância na hora de escolher com quem se relacionar é o sentimento. “As pessoas não devem se limitar aos padrões se o livre arbítrio existe, vamos usá-lo, é hipocrisia não assumir o que se sente e o que se quer”. Segundo Jadson, o homossexualismo existe e a sociedade não pode ignorar esse fato, “ Não adiante remar contra a maré”, afirma o músico.
Com a legalidade do casamento entre homossexuais, o tema adoção também entra em discussão. Até que ponto é saudável para uma criança ser educada por um casal do mesmo sexo?
O professor de fotografia José Neto acredita que a educação é pautada por valores. “Não é porque são gays que não vão saber educar uma criança e lhe ensinar os verdadeiros valores da vida”. Mas a aluna de estética Patricia Takada diz que isso vai banalizar a educação da criança “As crianças vão achar que tudo é muito normal”, enfatiza.
A aluna de Jornalismo Cristina Toledo acredita que, assim como os heterossexuais, os homossexuais tem direito a escolher o que querem, e que suas uniões podem ser estáveis assim como a união entre casais heterossexuais. “O que vai valer é o sentimento e o respeito entre o casal que vai se unir, independente da opção sexual”, declara a estudante.
De acordo com ativistas, a aprovação pelo Senado Argentino da lei que permite a união homossexual pode influenciar a legislação Brasileira, onde projetos sobre o tema tramitam há pelo menos 15 anos.
